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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Capítulo II: O Novo Mundo - Arathor e a Guerra dos Trolls

2.800 anos antes de Warcraft I

Enquanto os elfos superiores lutavam por suas vidas, enfrentando a feroz investida dos trolls, os humanos nomádicos, espalhados por Lordaeron, lutavam para consolidar suas tribos. As primeiras tribos humanas desconheciam a honra e, sem nenhum interesse em qualquer tipo de unificação racial, viviam a guerrear entre si. A tribo Arathi, contudo, percebera que os trolls se tornavam uma ameaça grande demais para ser ignorada. Os Arathi desejavam unificar todas as tribos humanas e formar uma frente para enfrentar as hostes trólicas.

No decorrer de seis anos, os perspicazes Arathi venceram e sobrepujaram todas as tribos rivais. A cada vitória, os Arathi ofereciam paz e igualdade ao povo conquistado e, assim, garantiam a lealdade daqueles que haviam derrotado. Por fim, a tribo Arathi conseguiu unir várias tribos dispersas, expandindo as fileiras de seu exército. Confiantes de que fariam frente às hostes trólicas e até mesmo aos elfos reclusos, se fosse necessário, os senhores da guerra dos Arathi decidiram construir uma cidade fortaleza na região sul de Lordaeron. A cidade-estado, batizada Strom, se tornou a capital na nação Arathi, Arathor. Conforme Arathor prosperava, os humanos de todas as partes do continente viajavam para o sul, buscando a proteção e segurança de Strom.

Unidas sob o mesmo estandarte, as tribos desenvolveram uma cultura forte e otimista. Thoradin, o rei de Arathor, sabia que os elfos misteriosos das terras do norte estavam sob cerco constante dos trolls, mas se recusava a arriscar a segurança de seu povo em defesa de um povo estranho e recluso. Já muitos meses se haviam passado em que os rumores da derrota dos elfos circulavam pelo sul do continente. Foi apenas então, quando Strom recebeu a visita de extenuados embaixadores de Quel'thalas, que Thoradin percebeu qual era o verdadeiro tamanho da ameaça dos trolls.

Os elfos informaram Thoradin de que os exércitos trólicos eram vastos e que, uma vez que tivessem destruído Quel'thalas, eles passariam a atacar as terras do sul. Os elfos, em desespero e precisando de socorro militar urgente, concordaram em ensinar um grupo seleto de humanos a manipular a magia em troca de uma aliança para enfrentar as hostes trólicas. Thoradin, que desconfiava de toda e qualquer magia, concordou em ajudar os elfos devido a sua própria necessidade. Quase que imediatamente, alguns feiticeiros élficos chegaram a Arathor e começaram a instruir um grupo de humanos nas artes mágicas.

Os elfos perceberam que, embora os humanos fossem abrutalhados por natureza no uso da magia, eles possuíam uma afinidade genuína e notável com ela. A cem homens foi ensinado o básico dos segredos mágicos dos elfos, o estritamente necessário para combater os trolls. Convencidos de que seus discípulos humanos estavam prontos para ajudar na luta, os elfos deixaram Strom e partiram para o norte junto aos poderosos exércitos do Rei Thoradin.

Os exércitos de homens e elfos bateram-se contra as maciças hostes trólicas aos pés das Montanhas de Alterac. A batalha durou muitos dias, mas o exército de Arathor era infatigável e não cedia um passo aos trolls. Os senhores élficos julgaram que aquele era o momento de abater sua magia sobre o inimigo. Os cem magos humanos e uma multidão de feiticeiros élficos clamaram a fúria dos céus e lançaram os exércitos trólicos às chamas. O fogo elemental impedia os trolls de regenerar suas feridas e queimava seus corpos torturados de dentro para fora.

Quando os exércitos trólicos tentaram fugir, as forças de Thoradin os perseguiram e mataram até o último dos soldados. Os trolls jamais se recuperariam da derrota, e a história jamais veria os trolls se erguerem como uma nação outra vez. Certos de que Quel'thalas fora salva da destruição, os elfos fizeram um pacto de lealdade e amizade com a nação de Arathor e a linhagem de seu rei, Thoradin. Humanos e elfos nutririam relações pacíficas durantes eras por vir.

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